Dia Nacional de Sailor Moon: A Paixão dos Brasileiros pela Graciosa Guerreira do Amor e da Justiça


 

 

Olá a todos, espero que estejam bem e es segurança. Como prometido, hoje teremos um texto especial, celebrando o “Dia Nacional de Sailor Moon”! Aproveitem, e espero que gostem 😉 <3


Pretty Guardian Sailor Moon foi um mangá (nome dado aos quadrinhos japoneses) criado por Naoko Takeuchi, e publicado entre 1991 e 1997, obtendo enorme sucesso mundialmente, ao ponto de ter se tornado um ícone entre fãs da cultura pop japonesa e referência na luta feminista na década de 90, sendo uma obra relembrada e celebrada até hoje, quase 30 anos depois de sua publicação. Mas como uma única obra fez sucesso no mundo todo? E aqui em terras Tupiniquins, como uma super-heroína japonesa com traços europeus conquistou os coraçõezinhos das crianças brasileiras ao ponto de ganhar uma celebração própria?

Infelizmente o amor dos fãs não foi o suficiente para manter a série no ar, já que os brinquedos e produtos licenciados não venderam tão bem quanto esperado, fazendo a Manchete deixar de comprar a 2° temporada do anime e parar de exibi-la por completo no final do mesmo ano (inclusive há relatos de cortes no final da temporada para acelerar o fim da exibição da mesma). Anos depois, os moonies (como são chamados os fãs de Sailor Moon) brasileiros foram salvos pelo canal de tv por assinatura “Cartoon Network” que passou a exibir não só as novas temporadas, como reprisar os episódios antigos com os mesmos dubladores no ano 2000. Isso nos leva á um dos tópicos pelo qual Sailor Moon é tão amado no Brasil nos dias de hoje: nossa Dublagem e adaptação da série.  

Sailor Moon chegou no Brasil trazida pela distribuidora “Alien International”, mas não em sua versão original japonesa, e sim, em sua versão dublada em espanhol latino, que por sua vez havia sido feita com base na versão dublada nos Estados Unidos, que, como já era de se esperar, foi bem “americanizada”, mudando nomes de locais, objetos e personagens (entre eles protagonistas). No primeiro episódio já é possível ver uma vendedora usando o termo “dólares” em vez de “Yens”, a moeda japonesa, correção que se seguiu nas dublagens latino-americanas. As modificações feitas nos nomes dos protagonistas foram ainda mais evidentes, algumas mais simples como Ami Mizuno tornar-se Amy Mizuno e Rei Hino virar Ray Hino (formas inglesas de pronúncia de seus nomes originais – aliás os sobrenomes sempre eram mantidos) e a Sailor vênus, Minako Aino Teve o nome substituído pelo seu apelido no Japão, Mina Aino. Outras mudanças já foram mais exageradas, começando pelo nome da protagonista, Usagi Tsukino (uma referência á uma lenda asiática que afirma que existe um coelho na Lua, e que ele pode ser visto em sua face -  como os brasileiros que dizem ver São Jorge matando um Dragão na face da Lua) que passou a se chamar Serena, seu par romântico, originalmente batizado como Mamoru Chiba, tornou-se Darien Chiba, e, a última das Sailor Guerreiras a aparecer na primeira temporada, que originalmente chamava-se Makoto Kino e acabou por tornar-se Lita Kino (meme da Nazaré confusa para essa tradução bizarra)... se eu fosse falar de outras traduções bizarras de nomes de personagens recorrentes ou vilões, o texto não teria fim, e vocês provavelmente perderiam o respeito pela dublagem brasileira (ou olhariam torto para a versão original, algo que eu não quero que aconteça), que, diga-se de passagem é o nosso próximo tópico de discussão.


ANIME VS MANGÁ




Comparações da arte do mangá com os animes de 1992 e 2014



Com cada temporada do anime tendo um filme subsequente até sua conclusão, a série teve um total de 3 filmes, sendo Sailor Moon S:The Movie, uma adaptação de um especial de Natal de Sailor Moon, chamado “O Namorado da Princesa Kaguya” escrito e desenhado pela própria Naoko Takechi logo após a conclusão da Saga “Infinito” do mangá, que mistura a lenda japonesa da Princesa Kaguya, e o conto da Rainha da Neve, de Hans Christian Andersen. Mesmo com o enorme sucesso no Japão e nos EUA, o filme nunca veio para o Brasil em nenhuma mídia, mas gerou hype suficiente para a criação de mais um filme de Sailor Moon, chamado de “Sailor Moon Super S: The Movie” (a criatividade desse povo estava boa hein), que infelizmente foi massacrado pelos fãs e pela crítica, reduzindo inclusive o orçamento para a produção da última temporada do anime “Sailor Moon Stars”, que teve apenas 38 episódios e cancelando qualquer possibilidade de mais um filme.

Comparação do poster do filme com a capa do especial.
  





   

O encerramento de Sailor Moon no anime e no mangá foi completamente diferente, e geram dúvidas e raiva nos fãs até os dias de hoje. A Saga Stars foi a mais curtas em todas as suas formas de adaptação, mas a que mais expandiu o Universo das Sailors Guerreiras, mostrando que que existem outras guerreiras fora do Sistema Solar, onde as guerreiras nascem, de onde vem os seus poderes, além da origem do Cristal de Prata e dos vilões das sagas anteriores...Mas com explicações absurdamente rasas que até hoje a autora se recusa a esclarecer, sempre dizendo que as respostas necessárias estão todas lá e tudo o que foi contado era o que precisava ser contado. Para quem só acompanhou o anime, talvez o encerramento tenha sido mais satisfatório, com uma batalha final bem emocionante (esta que vos escreve derramou lágrimas nos últimos episódios sem parar), e um verdadeiro final feliz, com aquele gostinho de “quero mais, mas estou feliz que tudo tenha terminado bem”, enquanto no mangá, onde a saga anterior chamada de “Sonhos”, terminava com revelações absurdas sobre as sailor guerreiras, sobre Tuxedo Mask e a coroação confusa de Neo Queen Serenity e King Endymion, aumentava e muito as expectativas para a última saga das guerreiras do Sistema Solar. A saga “Estrelas” começavam com aquele toque comum, com as garotas vestidas colegiais, vivendo alguns dias normais antes do retorno do inimigo, mas já tinha aquele toque de que algo estava diferente da história, com Usagi mais triste e calada. Não darei spoilers para quem não leu mas o final do primeiro capítulo é de deixar qualquer um de queixo caído.  



 

Falando assim até me sinto uma hater, mas juro que AMO Sailor Moon e seu Universo, e acho que todos esses buracos sem explicação na história, apesar de irritantes, não foram deixados ali de forma proposital, mas sim, para dar sentido ás algumas das últimas palavras do mangá, que em resumo seriam “aqui é o lugar onde nascem as possibilidades. E ninguém tem o direito de destruí-las ou apagá-las”, ou seja, foi contado o que precisava ser, imaginem o resto, tudo pode ter acontecido até esse dia. Sailor Moon nos traz a mensagem de que podemos encontrar pessoas que nos amam de verdade da mesma forma que as amamos em qualquer lugar, até em outra vida, assim como sempre vamos encontrar todos os tipos de perigo. Mesmo que você se sinta só, você tem sim, força para derrotar todos os perigos que surgirem diante de ti, é só manter a esperança, não importa aonde você nasça, quem você seja, quantos nos tenha, você pode fazer a diferença no mundo se tiver amor, e esperança no coração.

Primeiramente, devemos agradecer á popularização das produções audiovisuais japonesas (tanto séries live actions de Tokusatsu como Jyraya, Jaspion e Power Rangers quanto animes) no Brasil á falecida, porém, nunca esquecida, “Rede Manchete”, que esteve na ativa de 1983 á 1999, quando faliu devido á problemas na programação, falta de verba e o pagamento de salários atrasados aos funcionários, sendo vendida e transformada na “Rede Tv”, que está ativa até os dias de hoje. Durante seus momentos de glória na década de 90, com o objetivo de atrair a atenção do público infantil da Rede Globo durante as manhãs, em 1994, a Manchete adquiriu a primeira temporada do anime “Cavaleiros do Zodíaco”, após um acordo no qual, eles receberiam os episódios de graça, se passassem a propaganda dos brinquedos durante os intervalos dos programas (ah, os anos 90 parecem tão distantes quando vemos esse tipo de coisa). O sucesso foi tanto que a rede de televisão passou a comprar mais e mais séries de origem japonesa, com o mesmo contrato de “troca de episódios por propaganda”, entre elas, nossa querida e amada Sailor Moon, cuja primeira temporada do anime que havia sido lançada no Japão com enorme sucesso em 1992, chegou aqui em 1996, sendo dublada pelo mesmo estúdio dos cavaleiros, a “Gota Mágica”, e exibida no dia 29 de abril até o final daquele mesmo ano. Tal evento fez tanto barulho que se tornou o “Dia Nacional de Sailor Moon”, nos anos 2000.

Reconhecida como uma das melhores (se não a melhor) dublagens do mundo inteiro, a dublagem brasileira tem um toque especial, que foi incluída na primeira temporada de Sailor Moon e foi feita pelo estúdio “Gota Mágica”, com a direção de dublagem feita pelo dublador Gilberto Baroli (Sasori em Naruto Shipudden, Saga de Gêmeos em Cavaleiros do Zodíaco, Alex Louis Armstrong em Fullmetal Alchemist) foi super elogiada, tanto que em 2009 ele foi reconhecido ao ganhar o Prêmio Yamato (um tipo de Oscar da dublagem) de Melhor Direção de Dublagem, por Cavaleiros do Zodíaco Saga de Hades. Infelizmente, no Brasil é comum a mudança de dubladores entre temporadas e até episódios dentro de produções audiovisuais, algo que costuma a irritar muitos fãs, mas que nem mesmo os próprios dubladores tem o poder de modificar. No Brasil, é sempre o contratador do estúdio que dá a escolha final sobre quem vai dublar o quê, e os dubladores nunca estão ligados á contratos vitalícios com seus respectivos personagens, depende da vontade ou disponibilidade do dublador, assim como do estúdio ao qual ele está vinculado, das conexões entre o estúdio e o contratante, e principalmente se o contratante quer que ele continue ou não. No caso de Sailor Moon, quando os direitos de exibição foram comprados pela Cartoon Network, o estúdio de dublagem foi mudado, da Gota Mágica, para a BKS, assim, mudando todo o seu elenco de dubladores, revoltando os fãs (o que não evitava também que o programa tivesse uma baixa audiência na exibição de qualquer uma das temporadas, nem que os novos dubladores fossem elogiados por seus trabalhos). A música de abertura “Lenda da Luz da Lua” em sua versão original cantada por Sarah Regina (conhecida por cantar o Encerramento de Dragon Ball Z “Magnífico Poder”) também foi modificada e duramente criticada. Quando a Rede Record comprou os direitos de voltar a exibir o anime na Tv aberta em 2001, trouxe a voz de Regina de volta as animações de abertura. Depois dessa confusão, a Cartoon parou de pedir novas dublagens de aberturas de animes (sem deixar de usar as já dubladas, até não poder mais) tanto que, quando a última temporada “Sailor Moon Stars” chegou em 2002, eles passaram a versão original em japonês para o público, já que a melodia havia sido modificada.

Para ver escutar alguns dos trabalhos da Sarah Regina relacionados á anime, clique aqui no link: Sarah Regina

Com o 1º capítulo do mangá tendo sido lançado em 28 de dezembro de 1991, o 1° episódio do anime foi ao ar no Japão em 27 de março de 1992. Rápido não? A verdade é que um plano para a produção de um anime sobre uma garota que usa um uniforme de marinheiro para lutar contra o mal ao lado de um felino falante, e poderes baseados em satélites e planetas do sistema solar já estava sendo feito desde o verão de 1991, com o sucesso das publicação dos primeiros capítulos de Codename Wa Sailor V, mas por escolha da própria autora, Naoko Takeuchi, ela reformulou a série para torna-la um anime mais fácil de ser adaptável e comerciável (para mais informações sobre a história que deu origem á Sailor Moon como conhecemos hoje, confiram o texto publicado no blog clicando aqui Sailor V .

Como a base de toda a inspiração de Naoko foram os animes no estilo Tokusatsu, a mangaká misturou com maestria a base de “time de super-heróis com uniformes combinando, que lutam contra monstros” com o romance e traços delicados do gênero Mahou-Shoujo (histórias de romance direcionadas para o público jovem feminino), e com um toque de mitologia greco-romana encantando pessoas de todas as identidades de gênero e idades. A história foi baseada no conto grego pouco conhecido de Selene e Endymion, que explica a existência das fases da Lua:

“A história começa quando a personificação da Lua, chamada Deusa Selene se apaixonou perdidamente por um humano, chamado Endymion. O amor dos entre uma deusa e um mortal era estritamente proibido e mesmo assim, Selene implorou a Zeus, deus do trovão e rei dos deuses do Olimpo, que desse ao seu amado o dom da imortalidade. Com raiva do amor verdadeiro que a deusa sentia pelo humano, já que este a havia prometido para um de seus filhos, ele deu sim a imortalidade para Endymion, mas como vingança, ele passaria a eternidade dormindo. Selene, perdidamente apaixonada, voltava a terra para visitar seu amado de tempos em tempos, mas sempre precisava voltar para os céus.”

Sabendo desse mito grego, as referências começam a surgir na memória, tanto para quem só leu o mangá, quanto para quem só assistiu o anime. Essas não são as únicas referências de mitologia grega que a série carrega, vários outros contos foram incorporados e modificados, de diversas maneiras, como inspiração para poderes das Sailors (como as Sailors Neptune e Jupiter, cujos poderes vieram dos deuses greco-romanos que deram o nome aos planetas, Netuno/Poseidon, deus dos mares e Júpiter/Zeus, deus dos trovões), personalidades (exemplo da Sailor Vênus, que sempre se apaixona, mas nenhum de seus amores se concretizam) e história (a própria história da deusa Selene que foi modificada).

     Com a produção do anime, foram necessárias algumas modificações para que a história fosse adaptada para a televisão, a começar pelo design, muito estilizado no mangá, que, para poupar custos de animações e alcançar um público maior nas faixas etárias mais jovens, a produtora, TOEI ANIMATION, readaptou todo o design original (respeitando estilos de cabelo, cores base, etc) para um estilo mais arredondado e cartoonizado. Com relação ás adaptações no roteiro da história, os chamados “fillers” (episódios que não acrescentavam nada para a storyline da série e seus eventos eram completamente ignorados depois), foram exaustivamente utilizados (já que um mangá que foi finalizado em 60 capítulos, finalizou sua adaptação televisiva com 200 episódios), mas falando de modificações na história da série em si, um exemplo foi a exclusão da cena do suicídio de Serenity após o assassinato de Endymion que acontece no mangá, que foi substituída por um duplo assassinato do casal pela entidade maléfica da primeira saga, Rainha Metália, no anime, por motivos óbvios. Mas em compensação, por estar participando do processo criativo do anime, a mangaká pode incluir no anime, algo que seu editor não lhe recomendou colocar no mangá, que foi o sacrifício que as Sailor Mercury, Venus, Jupiter e Mars fizeram pela Sailor Moon, no final da primeira temporada (a Sailor Mercury inclusive, após ressuscitada ganharia um braço mecânico, como Takeuchi revelou em uma entrevista, mas isso foi cortado do anime, para não resultar em problemas na produção das adaptações das futuras sagas).

Após o final da primeira temporada do anime, o mangá ainda estava no início da 2° Saga, a Saga da Black Moon, então, os primeiros 13 episódios da temporada chamada de “Sailor Moon R” (“R” significando “retorno”, “renascimento” e “rose”) trouxeram uma nova história, necessária para “corrigir” o que foi feito no final da temporada anterior, e incluir novos vilões, os alienígenas Ali e Ann, que vieram para terra através de um meteoro com sua árvore, chamada Makaiju, que eles creem necessitar de energia humana para lhes manter vivos. Para roubar energia das pessoas, eles se disfarçam de humanos e acabam se apaixonando por Usagi e Mamoru. O sucesso dos alienígenas foi tão grande, que o primeiro filme da série, “Sailor Moon R: The Movie” trouxe uma história nova, com um alien da mesma espécie de Ali e Ann, chamado de Fiore (flor em italiano) sequestra Mamoru e as Sailors tentam salvá-lo (o filme acontece durante os eventos da 2° temporada do anime, tanto que há a presença de Chibiusa/Rini Tsukino, antes de despertar como Sailor Chibimoon).    

Claro que, depois disso, cada capítulo se torna mais tenso mostrando Usagi com sinais de TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático), novas personagens, entre elas uma bebê que parecia ser uma substituta para a Sailor Chibimoon, a Sailor Chibi-Chibi, e as Sailor Star Lights, que, destransformadas eram cantores famosos de j-pop (isso mesmo, cantores, mas nunca ficou confirmado na série se eles se transformavam em garotas ou se vestiam como homens, lá que no mangá fica óbvio na suas transformações com pouca roupa de couro, seus corpos femininos voluptuosos). Isso é uma questão de inovação maravilhosa e sempre bem elogiada no trabalho de Takeuchi, que incluiu personagens lésbicas e travestis em seu trabalho mais famoso, por mais que tentassem encobrir tais fatos aqui no Ocidente, como o relacionamento amoroso de Haruka e Michiru, as Sailors Uranus e Neptune que tornaram-se primas nos EUA, e melhores amigas, aqui no Brasil. Claro que alguns fatos foram encobertos até mesmo no Japão, onde aparentemente, no final do mangá, várias das Sailors se casaram umas com as outras (digo aparentemente, pois nada ficou muito claro, já que, no último capítulo do mangá, onde é mostrado o casamento de Usagi e Mamoro, as Sailors guerreiras surgem vestidas de noivas – inclusive a Sailor Saturn que mesmo com a passagem de tempo não parece ter muito mais que 14 anos - com pares delas, de mãos dadas, menos Sailors Pluto e Saturn), mas o anime foi finalizado com as Sailors sequer atingido a transformação conhecida como “Eternal” (conquistada apenas pela Sailor Moon), com a grande vilã, Sailor Galaxia sendo manipulada por chãos, tornando-se Sailor Chaos, e sendo salva em seguida, sem que Sailor Moon precisasse se sacrificar por elas, além de que não há passagem de tempo após a batalha final, e a história se encerra com elas em idade colegial, se despedindo das Sailors StarLights da Princesa Kakyuu no terraço da escola. É meio estranhar pensar que o Japão pode ter escolhido censurar um casamento entre personagens do mesmo sexo, mas deixar claro que 2 dessas personagens sempre estiveram juntas (e ainda existe a possibilidade de existir um trisal com as Outher Senshi, mas novamente, nada 100% confirmado)


Comentários

  1. Curiosidades interessantes, e a dublagem brasileira ficou realmente muito boa!

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