Semana passada contamos um pouco da história de uma das maiores cientistas da humanidade, Marie Curie. E hoje, a nossa história continua, mas agora, analisando o filme de 2019 Radioactive que recentemente ficou disponível na plataforma de streaming Netflix.
O filme tenta retratar tudo isso em aproximadamente 1h40m, o que é bem pouco para a enorme jornada que foi a vida de Marie Curie. E se você procura um filme que vá focar nas grandes descobertas dela na Ciência, esquece! Essa não é a proposta que temos aqui. Em sua maior parte, o filme se concentra em retratar a vida pessoal de Marie Curie, mais especificamente, a sua vida amorosa. Nos primeiros minutos do filme já é retratado como nossa cientista viu Pierre Curie pela primeira vez. E ao decorrer do tempo, essa história de amor vai se desenrolando cada vez mais. O roteirista do filme usou muito da licença poética na narrativa do filme. O que não o torna ruim, mas bastante diferente da realidade e do que realmente ocorreu.
O filme conta com atores incríveis com Rosamund Pike, Anya Taylor-Joy e Sam Riley. Rosamund Pike assumiu verdadeiramente o papel de Marie Curie, sua atuação é de uma mulher forte, decidida, que lutou pelos seus direitos e sonhos. Seu papel nesse filme é impecável! A direção é boa, sempre mostrando as ruas de Paris, e durante o filme e as descobertas de Maria sobre a radioatividade, cenas sobre como essa descoberta será usada no futuro, alguns exemplos trazidos pelo filme são tratamentos ao câncer, e a bomba nuclear. Pessoalmente, eu gostei muito, mas quando esses flashes começaram, confesso que achei confuso e um pouco desconexo.
Um ponto muito bom vai pra maquiagem e figurino, que estavam impecáveis e muito parecidos com o que vemos em fotos, tanto da época, quanto dos próprios Curies. É um filme bom e que pode te dar uma visualização boa da história da nossa cientista.
Entretanto, para quem já conhece a história e sabe de todos os feitos científicos de Marie, assim como toda a dificuldade que passou, se torna menos interessante. Cientificamente falando, quase não temos cenas dela em laboratórios, ou dela fazendo sua pesquisa, escrevendo-a. Também não temos muitas explicações científicas sobre a sua pesquisa e sobre como Marie e Pierre se dedicaram para descobrir os novos elementos e a sua radioatividade.
Durante o filme, não conseguimos ver como foi difícil para Marie ser aceita na academia de ciência, no filme parece que ela era recebida por eles facilmente. Mas a realidade não é essa e na verdade, ninguém a queria lá. É incrível também como fazem ela ser mãe, cientista, pesquisadora e esposa com tanta facilidade!
Infelizmente, não é um filme focado nos seus feitos científicos, em sua jornada como mulher na Ciência e em todas as suas conquistas. É um filme baseado mais nas suas experiências amorosas e pessoais, com a Ciência como um background. O ponto campeão para mim, foi mostrar a experiência dela na Primeira Guerra Mundial, mesmo que tenha muita licença poética nessa parte, ainda sim, é emocionante ver o que ela fez pelos feridos e como isso salvou vidas! Mesmo com os pontos negativos, é um bom filme para colocar numa tarde de domingo e assistir comendo uma pipoca! Conhecer um pouco da história dessa cientista, mesmo que pouco, é emocionante e Rosamund Pike torna tudo ainda mais incrível de ser assistido.
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