Pelos poderes de Grayskull... EU TENHO A FORÇA !!! Com esse brado tão famoso e tão marcante nós começamos o texto de hoje. Nossa análise não podia ser de outra obra que não a nova animação Mestres do Universo Salvando Eternia, que estreou recentemente pela Netflix e vem dando muito o que falar, mas vamos com calma, analisando todos os pontos importantes e dignos de uma boa discussão.
Antes de mais nada, vamos começar entendendo um pouco mais a obra, uma vez que ela já recebeu outras duas animações e até mesmo uma versão em quadrinhos. Os Mestres do Universo originamente eram uma linha de brinquedos da Mattel, tendo como principal personagem o poderoso He-Man, um alter-ego do Príncipe Adam que tem como objetivo impedir o demoníaco Esqueleto que busca conquistar a fortaleza de Grayskull.
Seguindo uma premissa relativamente simples as primeiras histórias apresentavam uma forte influência do personagem Conan, em que o He-Man era um bárbaro que vivia em Eternia, tendo como cenário uma Eternia que foi devastada por Guerras. Fazendo uso de armas antigas, que são legados das guerras, dadas a ele pela Feiticeira de Grayskull o He-Man luta protegendo esses segredos. Aqui começam a aparecer alguns dos conceitos que viriam a ser grandes dentro da série, como o da espada do poder, porém originalmente o He-Man possuía a metade da Espada do Poder e o Esqueleto tem a segunda metade usando isso como arma principal. Quando juntas, as duas metades da Espada do Poder fornecerão a chave para o Castelo de Grayskull. Em uma história ilustrada inicialmente, He-Man e Esqueleto uniram suas duas metades da Espada do Poder para formar a verdadeira Espada do Poder, derrotando um inimigo comum.
No momento em que a série animada foi desenvolvida, as origens de He-Man foram revistas: sua verdadeira identidade era o Príncipe Adam de Eternia, filho do Rei Randor e da Rainha Marlena (uma terráquea), que governava o Reino de Eternia no planeta do mesmo nome. A Feiticeira do Castelo de Grayskull dotou o Príncipe Adam com o poder de se transformar em He-Man. Esqueleto mantém-se como o grande vilão das histórias animadas, com planos de derrubar Grayskull, eliminar He-Man e os seus aliados e aumentar o seu poder mágico. Fazem aparições regulares nesta série animada personagens aliadas de He-Man, como o Gato Guerreiro, Teela, Mentor, Gorpo, Aríete e Stratos. A apoiar Esqueleto, era frequente contar-se com a presença de Maligna, Homem-Fera, Mandíbula, Aquático e Triclope.
Feitas todas as apresentações, podemos agora falar da nova adaptação, percebemos que desde sempre, mesmo como linha de bonecos, que o pilar central da série sempre foi a imagem do He-Man e nisso a nova animação se arrisca e inova. Qualquer um que tenha parado para pesquisar a respeito já sabe das mudanças que foram feitas e como muitos tem reagido de forma negativa, eu acho que as mudanças são muito bem vindas e dão um respiro para a história.
Ao focar nos Mestres do Universo, em especial Teela a história se desenvolve de maneira interessante, apresentando cada um deles com muito mais espaço, a presença do He-Man ou falta dela serve como uma ferramenta narrativa, pois abre um espaço para que os coadjuvantes tenham seu lugar ao sol.
Se tem uma crítica que pode ser feita a nova animação é a sua duração, os cinco episódios poderiam facilmente ser expandidos para oito ou até dez episódios, o que permitiria que certos conflitos fossem melhor explorados ou que as relações entre os protagonistas se desenvolvessem com mais calma, dando mais peso aos eventos dos episódios finais.
Em termos de traços a animação nos trás uma fluidez com uma característica muito bela, criando um estilo próprio de visual que funciona orgânicamente, assim como a construção de todos os cenários que nos encantam pela distribuição das cores, com seus constrastes, e peculiaridades.
Resumindo, Mestres do Universo é uma volta ao mundo de eternia muito bem vinda, que inova e trás novos rumos para a franquia, além de um final surpreendente e por esses motivos nós aqui do blog recomendamos muito.
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