Aqui estamos de novo, hoje vamos falar de um personagem que tem nada menos que nove aparições diferentes nos cinemas, é membro integrante da maior parte das equipes criadas nos quadrinhos, apesar de ser membro permanente de uma em específico, podemos até dizer que ele é o mutante mais famoso de todos, devido a sua história, suas características animalescas, visual, comportamento e é claro o carisma natural que cria um magnetismo fantástico para quem se depara com suas histórias, além do famoso bordão: eu sou o melhor no que faço, mas o que faço não é nada bonito. Claro que estamos falando de James Howlett, mais conhecido como Wolverine.
Nascido com o nome de James Howlett, mas conhecido por todos como Logan o Wolverine foi um personagem criado para ser um antagonista de uma única história do incrível Hulk, estreando então em 1974 na revista The Incredible Hulk #180, desenvolvido por Roy Thomas, Len Wein e John Romita Sr. o mutante apresentava sentidos aguçados, capacidades físicas aprimoradas, a capacidade de regenerar o próprio corpo além é claro das famosas três garras retráteis que saem de cada uma das suas mãos.
O sucesso do personagem foi imediato o que fez com que ele fosse colocado na segunda versão da equipe dos x-men, que estava passando por um processo de renovação, e eventualmente permitiu que o escritor Chris Claremont e o escritor-artista John Byrne colaborassem para todo um desenvolvimento significativo do personagem. Além desses artistas, outro artista muito conhecido também teve profunda colaboração no desenvolvimento do personagem, Frank Miller colaborou com Claremont e ajudou a revisar toda a história do personagem, por meio de uma série dividida em quatro partes lançada em 1982, entre setembro e dezembro do mesmo ano.
O Wolverine surgiu em um período da história dos quadrinhos em que fortes mudanças aconteciam nos personagens representados, a Guerra do Vietnã influenciou a cultura pop de forma que as pessoas queriam heróis diferentes, cujos comportamentos trouxessem mais aspectos cinzas, assim muitos personagens surgiram nesse período com a disposição de usar a força mortal e mostrar um comportamento mais agressivo, com uma bussola moral duvidosa, portanto, o a década de 1980 marca o surgimento e popularização dos anti-heróis. Tendo surgido nesse período o Wolverine foi um marco, fazendo muito sucesso nas histórias dos x-mens e nas suas próprias histórias solos.
Outro fator que marcou muito a história do nosso amado mutante era o fato de seu esqueleto ser revestido por Adamantium uma liga metálica fictícia e que também é o alvo da nossa análise. Segundo a própria Marvel o Adamantium pode ser entendido como uma liga metálica extremamente rígida e considerada, praticamente, indestrutível, sendo capaz de resistir a golpes super-humanos, explosões nucleares e quando utilizada como lâmina capaz de cortar quase qualquer coisa.
O Adamantium é criado misturando certas resinas químicas em conjunto. A composição dessas resinas nunca foi realmente divulgada, sendo um segredo bem guardado pelo governo Norte-Americano. Quando as resinas são misturadas e mantidas a uma temperatura de 1500 ° Fahrenheit, um líquido é formado, tal líquido pode ser moldado, permitindo trabalhos particulares. Depois de um período de 8 minutos a mistura torna-se sólida, independente da temperatura. Nessa forma, o Adamantium apresenta uma estrutura molecular extremamente estável e sua forma só pode ser alterada por rearranjo molecular preciso, mas devido a força de ligação das moléculas poucas forças são capazes desse feito. A integridade molecular do Adamantium faz dele um metal extremamente duro e capaz de perfurar com maior eficácia do que o Vibranium.
Agora, como de costume, podemos fazer uma pergunta. Como são feitas as ligas metálicas? Não há como saber que materiais foram usados para se formar o Adamantium, mas podemos entender um pouco melhor esse processo, especialmente quando ele se refere a estrutura molecular do material.
As ligas metálicas são materiais com propriedades metálicas que contêm dois ou mais elementos, sendo que um deles deve ser um metal. A formação dessas ligas começa com o aquecimento conjunto dos metais até que ambos atinjam seus pontos de fusão, temperatura em que o metal passa do estado sólido para o líquido. Posteriormente, a mistura formada é resfriada para que possa solidificar-se totalmente, também é importante salientar que as porcentagens dos materiais utilizados são variadas tendo um metal em maior quantidade, servido como base.
As ligas metálicas se tornam necessárias, pois apresentam muitas funções e vantagens que os metais isolados não possuem. Um exemplo disso pode ser que os metais puros sejam excessivamente duros, ou sofram oxidação com muita facilidade ou ainda que apresentem estruturas quebradiças. Portanto, as ligas metálicas são preparadas para contornar essas características, permitindo aplicações especificas. Muitos são os fatores que influenciam nas características final dessas ligas, é possível citar: os elementos que formam a liga, a proporção em que eles são colocados na mistura, a estrutura dos metais, o tamanho e a arrumação do metais quando colocados na liga.
Antes de continuarmos falando das ligas metálicas é necessário mais uma explicação, o que seriam retículos cristalinos? A resposta desta pergunta esta diretamente ligada aos dois últimos fatores que foram citados acima, a estrutura e o tamanho dos metais. Acontece que os materiais sólidos podem possuir um estrutura cristalina ou amorfa. O conceito disso esta relacionado com a organização dos átomos que formam aquele composto, e que pode assumir diferentes formatos geométricos.
- Ligas Homogêneas: São formadas quando os metais possuem retículos cristalinos dos metais são semelhantes, assim após a fusão e no processo de solidificação um único retículo é formado (Ex:Bronze).
- Ligas Heterogêneas: Os retículos são muito diferentes, assim ocorre a formação de retículos individuais (Ex:magnálio).
- Compostos Intermetálicos: São ligas metálicas que apresentam composição química bem definida, mas não são iguais aos compostos químicos comuns, porque não há troca dos elétrons, apenas o encaixe dos metais num único retículo cristalino (Ex: aço).
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